Você já conheceu alguém altamente competente e comprometido, mas que não consegue reconhecer a própria capacidade e suas qualidades?
Essa pessoa demonstra muita humildade e vive se apoiando em frases do tipo: “eu tive muita sorte”, “só pode ter sido o destino” ou “eu não sou tão bom quanto as pessoas pensam”. Isso pode esconder um problema bem mais sério: a síndrome do impostor.
Esse é um quadro muito mais comum do que parece e pode, inclusive, afetar o desenvolvimento pessoal e profissional de uma pessoa.
A Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa (SBPI) que é comum ouvir muitos relatos de pessoas que não se sentem pertencentes ao seu trabalho, não são merecedoras daquilo que conquistaram e são incompetentes naquilo que fazem.
Além disso, há também a crença que alguém descobrirá essa “realidade” e o verá como uma grande farsa.
Ou seja, isso é a síndrome do impostor. Alguém que acredita que não merece o sucesso profissional que tem por achar ser incompetente, além de sempre imaginar que alguém evidenciará sua falta de habilidade e capacidade profissional.
De acordo com a Forbes, essa incapacidade em internalizar o sucesso, onde o portador insiste que é incompetente ou pouco inteligente, pode ser experimentada por até 70% das pessoas em algum momento de suas carreiras.
Além disso, esta síndrome pode ser mais comum em pessoas que têm profissões competitivas, tais como:
O Estadão pontua algumas características importantes sobre a síndrome do impostor, que são:
Há uma autossabotagem constante por medo de assumir um lugar de destaque
Procrastina as tarefas que lhe são atribuídas ou que sabem que precisam realizar para que alcance o que desejam
Há um grande sentimento de medo do que as pessoas acham, medo de serem julgados e descobertos em suas farsas
Querem agradar o tempo todo
Se autodepreciam, não acreditam em si mesmos
Não admitem errar, julgando-se o tempo todo com pensamentos negativos a respeito de si mesmos
Constantemente se comparam com outras pessoas sem levar em consideração o esforço que fazem para realizarem os seus objetivos
Autocrítica excessiva
A pesquisa aponta que, durante a pandemia, intensificou-se a ocorrência da síndrome do impostor, uma vez que as pessoas encontram seus modelos de comparação nas redes sociais: “A gente costuma olhar o LinkedIn e ficar comparando e a sensação é sempre de estar para trás. Sempre de estar devendo e claro que isso tem a ver com o modo capitalista desse mundo que a gente vive hoje, de que cada vez mais você precisa mostrar sua capacidade, ser multitarefa e surpreender a todos”, cita Maria da Conceição Uvaldo, psicóloga e pesquisadora do Instituto de Psicologia (IP) da USP.
A Organização Na Prática traz algumas dicas para se livrar desta síndrome. Por exemplo, se comparar demais com colegas é uma das formas de agravar a síndrome do impostor.
Além disso, é muito difícil perceber que você está com a síndrome porque é o próprio indivíduo que alimenta essa crença. Mas ter uma checagem com a realidade ajuda a pessoa a ficar mais atento, o que vem com o nível profundo de autoconhecimento.
Por isso, algumas dicas para quebrar este ciclo vicioso:
Além disso, as sessões de psicoterapia podem ajudar a pessoa a internalizar suas capacidades e competências, diminuindo a sensação de ser uma fraude.
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