Obviamente que a pandemia do coronavírus acabou acelerando esta tendência, tanto porque as pessoas ficaram em isolamento, como a própria pandemia acabou sendo um gatilho para o (re)aparecimento de diversos transtornos mentais na população brasileira.
Atualmente, mesmo com a reabertura gradual de diversas atividades, muitos pacientes (seja por conforto, por medo de contaminação ou porque o próprio transtorno impossibilita esta circulação) têm preferido continuar na modalidade de atendimento psicológico online.
Durante a pandemia do coronavírus, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) registrou, levando em consideração apenas os números entre março e abril de 2020, 51.747 novos pedidos para que psicólogos trabalhem de maneira remota, ou seja, o atendimento psicológico online.
Desde 2018, o conselho exige a formalização na plataforma e-Psi para poder fiscalizar os trabalhos, para que possam ser garantidos o sigilo, a proteção e a confidencialidade.
Atualmente, no Brasil, estão registrados um total de 385.749 psicólogos e psicólogas.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pontua que os cuidados com a saúde precisam ser redobrados, pois todo este contexto pode afetar a saúde mental das pessoas, aumentando a ansiedade, a insegurança, a tristeza, dentre outros.
E, afinal, quais são os danos psicológicos deste confinamento para a população?
A Fiocruz salienta que, durante essa pandemia parte-se do pressuposto que as pessoas estejam, frequentemente, em estado de alerta, de preocupação, confusas e estressadas.
Entretanto, é importante destacar que nem todos os problemas psicológicos e sociais apresentados poderão ser categorizados como doenças. A maioria pode ser classificada como reações normais diante de uma situação anormal. A Fiocruz criou uma Cartilha de Saúde Mental e Atenção Psicossocial na Pandemia Covid-19: Recomendações Gerais.
Além disso, a própria OPAS alertou, em setembro, que a pandemia da COVID-19 pode aumentar os fatores de risco para suicídio, estimulando os indivíduos a falarem abertamente e de forma responsável sobre o tema que, muitas vezes, acaba sendo tratado com muito preconceito.
A ideia é que, mesmo com o distanciamento físico, as pessoas permaneçam conectadas com familiares e amigos e aprendam a identificar os sinais de alerta.
Apesar do atendimento psicológico online ter ficado mais evidente durante a pandemia, o CFP já autorizava esta modalidade desde 2012, através da Resolução CFP 011/2012. Porém, como tudo era muito novo havia diversas restrições.
Na prática, todas estas restrições eram um grande entrave para a prática de terapia online.
Como comentado anteriormente, em 2018 houve um grande avanço para atendimento psicológico online com a Resolução CFP 11/2018. Através desta resolução, possibilitou a ampliação de oferta de serviços de Psicologia mediados por Tecnologias da informação e comunicação (TICs).
Então, o atendimento psicológico online é uma modalidade que foi normatizada mais amplamente desde 2018. Porém, só agora em 2020 é que ela se expandiu e tornou-se muito mais comum devido às imposições da pandemia.
São centenas de profissionais especializados em:
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