Entenda quais são os principais tipos de violência contra a mulher e veja como identificá-los dentro de um relacionamento abusivo
Os relacionamentos abusivos são caracterizados por diferentes formas e, muitas vezes, podem ser ignoradas, tanto pela própria vítima quanto pela família e amigos.
Um erro comum é acreditar que um relacionamento abusivo começa com um tapa na cara ou, até mesmo, ameaças de morte. Na verdade, a violência pode nunca se manifestar de forma física.
No post de hoje vamos falar mais sobre os tipos de violência contra a mulher que podem ocorrer dentro de um relacionamento abusivo.
Afinal, o que é um relacionamento abusivo?
Antes de falarmos sobre os tipos de violência contra a mulher, é importante entender o que é um relacionamento abusivo.
De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Estados do Amazonas, entre os sinais de um relacionamento abusivo, pode-se verificar:
- controle psicológico;
- imposição de comportamentos;
- monitoramento de ações e de redes sociais;
- ameaças que podem resultar na violência física ou, até mesmo, feminicídio.
No geral, as agressões iniciam-se com palavrões, empurrões e, também, pressão por conta da dependência financeira ou psicológica. Além disso, uma outra característica é que o agressor costuma cometer o abuso e, logo em seguida, pedir desculpas.
Ou seja, o relacionamento abusivo acaba gerando a violência contra a mulher, em uma das seguintes esferas.
Tipos de violências contra a mulher
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) prevê 5 (cinco) tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Violência física
A violência física é a forma mais visível que um relacionamento abusivo se manifesta. É caracterizada por qualquer conduta que ofenda a integridade ou a saúde corporal (física) da mulher.
Alguns exemplos:
- Espancamento;
- Atirar objetos;
- Sacudir ou apertar os braços;
- Estrangulamento ou sufocamento;
- Ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo.
Violência psicológica
A violência psicológica é considerada qualquer conduta que cause algum tipo de dano emocional ou gere a diminuição da autoestima.
Além disso, também é considerado este tipo de violência qualquer conduta que prejudique o pleno desenvolvimento da mulher ou vise controlar as suas ações, comportamentos ou decisões.
Alguns exemplos:
- Ameaças;
- Constrangimento;
- Humilhação;
- Manipulação;
- Proibir de estudar, viajar ou falar com amigos ou parentes;
- Vigilância constante;
- Chantagem;
- Gaslightining: Trata-se de manipular a mulher psicologicamente para ter controle sobre ela, ao ponto de anulá-la, gerar inseguranças, dúvidas e medos. Aqui, o parceiro distorce, omite ou cria informações, fazendo com que a mulher duvide de si mesma, da sua capacidade e, até mesmo, da sua sanidade.
Violência sexual
A violência sexual refere-se a qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, através da intimidação, ameaça, coação ou, até mesmo, o uso da força.
Alguns exemplos:
- Estupro;
- Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa;
- Impedir o uso de métodos contraceptivos;
- Forçar a mulher a abortar;
- Matrimônio forçado;
- Forçar gravidez.
Violência patrimonial
Já a violência patrimonial é entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores ou recursos econômicos.
Alguns exemplos:
- Controlar o dinheiro;
- Deixar de pagar pensão alimentícia;
- Destruição de documentos pessoais;
- Estelionato;
- Causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste.
Violência moral
A violência moral é considerada qualquer tipo de conduta que configure calúnia, difamação ou injúria contra a mulher por seu parceiro.
Alguns exemplos:
- Acusar a mulher de traição;
- Fazer críticas mentirosas;
- Expor a vida íntima;
- Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir.
Como identificar um relacionamento abusivo
De acordo com o Portal da Prefeitura de Paulista (PE), como é muto comum associar relacionamento abusivo apenas com a violência física, muitas mulheres têm dificuldade de entender que estão vivendo um.
Como foi visto anteriormente, sinais como o excesso de ciúme, destruição da autoestima, ameaças, controle exorbitante, invasão da privacidade, chantagens ou até o uso do dinheiro sem acordo do próprio casal, são sinais que podem identificar o perfil de um agressor.
Além disso, outro ponto que o Portal salienta é que tudo começa com a falta de respeito do agressor para com a vítima.
Vamos conhecer outros sinais de um relacionamento abusivo?
Controle e ciúmes excessivos
O controle pode se iniciar quando o parceiro começa a decidir o que a companheira pode ou não fazer ou usar, com a justificativa de que aquilo é o melhor para ela.
O excesso de ciúme está associado ao controle. Além disso, pode gerar diversos problemas, tais como ofensas e perseguição.
Isolamento
Aqui, um argumento muito utilizado é que determinadas amizades são más influências.
Com isso, aos poucos, vai isolando a companheira dos familiares e dos grupos de amigos, aumentando a dependência em relação ao companheiro.
Destruição da autoestima
As críticas acabam se tornando diárias e intensas, chegando a destruir a autoestima da mulher.
Pode chegar ao ponto de fazer com que ela acredite que nenhuma outra pessoa vai amá-la, pois ela não tem qualidades suficientes para ser amada.
Caso você queira saber mais sobre este assunto, fizemos um post sobre Relacionamentos tóxicos.
O relacionamento tóxico é uma relação disfuncional, no qual se observa uma forma assimétrica de se relacionar. Ou seja, há uma tentativa de poder sobre o outro, com a sua subjugação. Não precisa ser, necessariamente, um relacionamento amoroso.
Caso você ache que está passando por um relacionamento abusivo, ou alguém próximo, procure ajuda.
Para denunciar e buscar ajuda para vítimas de violência contra mulheres, ligue 180.
Para você continuar se informando, separamos aqui outros 4 (quatro) posts:
Você está em um relacionamento tóxico?
Entenda o Transtorno Obsessivo-Compulsivo: o que é TOC
Transtorno Obsessivo-Compulsivo: os diferentes tipos de TOC
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